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 Enquadramento
 
A monitorização e estabilização de arribas em áreas portuárias, da responsabilidade da DGRM, assume alguma expressão em pequenos portos do centro de Portugal. De facto, a zona a sul de S. Martinho do Porto até ao Cabo Espichel é rochosa e em falésia, sendo os pequenos portos existentes construídos em enseadas circundadas por arribas mais ou menos importantes, e, como todas as falésias, instáveis e em evolução.

Assume importância significativa, quer pela sua dimensão, quer pelo risco que lhe está associado, o caso das arribas do Porto de S. Martinho do Porto e arribas do Porto da Ericeira. Relativamente às primeiras, estão caracterizadas como arribas que exibem alguns sinais de instabilidade, tendo sido já promovidos estudos para identificação do mecanismo de instabilização, intrinsecamente associado às características geológico-geotécnicas em presença.
 
A DGRM tem previsto no seu planeamento, o desenvolvimento, numa primeira fase, do projeto de execução envolvendo a definição e conceção de soluções de estabilização adequadas, e numa segunda fase, a execução das obras de estabilização. As arribas do porto da Ericeira, arribas verticais e com construções em grande parte do seu topo, foram alvo recente de intervenções na zona a norte do enraizamento do quebra-mar, na arriba sobranceira à praia dos pescadores, e na rampa sul.
 
A intervenção ou obra de estabilização na arriba norte contemplou, após uma análise de risco e zonamento da arriba por troços de risco, a aplicação de betão projetado nas camadas mais friáveis, pregagem de blocos instáveis, mas ainda passíveis de estabilizar, desmontagem de blocos cuja estabilização não era viável, e a execução de uma viga ancorada no interior do maciço rochoso para suporte das fundações do edificado no topo da arriba.